Trabalho chega pelo selo Toca-Discos, braço fonográfico do antológico estúdio Toca do Bandido, e reúne seis composições – cinco delas lançadas como singles que desenharam o arco sonoro do artista
Alguns dos primeiros versos de “AVATAR”, faixa-título que abre o EP de estreia homônimo de Bê Vieira, apontam para a guinada pop do artista, hoje um dos nomes mais promissores – e também mais pops, por que não? – da cena brasileira: “Viu, cheguei / do nada eu to mudado, mas fato que eu não mudei / Só tô mais afiado, eu ainda sou eu”. A declaração, de cunho romântico, não ficaria devendo também se fosse lida como síntese do primeiro projeto a reunir as canções do cantor e compositor natural de Armação, em Florianópolis.
No trabalho, que acaba de chegar às plataformas pelo selo Toca Discos em parceria com a Universal Music Brasil, o artista de apenas 22 anos mostra a que veio, e à sua maneira: despojadamente pop, ele transita pelas células do samba, do reggae e do rap pra construir sua música com sensibilidade dançante, dinâmicas espertas e uma intensidade que já se mostra madura, apesar da pouca idade do artista.