Ludom estreia nova fase com “Toda Intensa”, um mergulho arrebatador no amor e no medo

Primeiro single do segundo álbum marca a reinvenção da artista, unindo fragilidade e força em uma produção internacional que expande os horizontes da MPB preta

A cantora Ludom lança hoje seu novo single, “Toda Intensa”, pelo selo Toca Discos e Universal Music Brasil, que marca uma etapa mais pop e romântica de sua carreira musical. A artista diz que sentiu que era hora de explorar um aspecto mais leve e vulnerável de sua música, “como se eu me desnudasse”, afirma.

A canção surgiu do anseio de abordar o amor de maneira direta, com base em um romance passado, porém mantendo a identidade rítmica que a acompanha desde o começo de sua carreira. “Foi um sussurro meu que foi ganhando corpo, quase como um mantra, até se transformar nessa mistura de pop com minhas referências afro-diaspóricas”, relata Ludom.

A gravação começou no Canadá, quando a cantora improvisou no piano e o produtor Simbo sugeriu usar o recurso de reverse, algo inédito para ela. “Foi muito legal poder ter algo meu ali, tão singelo”, relembra. Parte do áudio original, gravado no celular com ecos, foi mantida na versão final.

Mesmo mais pop, “Toda Intensa” preserva elementos percussivos do ijexá e do afrobeat. “É impossível me afastar completamente dessa base rítmica”, afirma. O single, que chega acompanhado de videoclipe, é o primeiro passo de um novo projeto que promete fusões sonoras e narrativas pessoais vividas no Brasil e no exterior.

Ludom também pontua que, embora romântica, a faixa carrega temas que sempre permeiam sua obra, como ancestralidade, feminilidade e identidade. “O amor que eu canto não é idealizado, é um amor vivido a partir da minha experiência enquanto mulher negra. Existe ancestralidade no meu jeito de sentir, de me doar, na forma como me conecto comigo mesma e com o outro”, destaca.

O lançamento marca o primeiro passo de seu novo projeto, que promete mergulhar em novas fusões sonoras, explorando mais melodias e narrativas pessoais. “Esse é só o começo. Vou manter minha essência como artista afrolatina, mas trazendo histórias vividas aqui no Brasil e em experiências pós-pandemia no Canadá, França, Colômbia e Estados Unidos. É um álbum sobre intensidade, das formas mais cruéis ou bonitas”, finaliza.