NASA NOMEIA ROCHA ENCONTRADA EM MARTE EM HOMENAGEM AOS ROLLING STONES

Uma das maiores bandas de rock de todos os tempos recebe o certificado durante show em Pasadena

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Por décadas, as músicas dos Rolling Stones alcançaram todos os cantos do mundo. E agora a influência da banda chegou até Marte. O time por trás da missão InSight, da NASA, que pousou uma nave no planeta, batizou uma rocha encontrada por lá em homenagem à banda: a “Rolling Stones Rock”.

Os Rolling Stones — formado por Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood — ficaram lisonjeados com a notícia e comentaram: “Que maneira mais maravilhosa de celebrar a passagem da turnê ‘Stones No Filter’ por Pasadena. Esse é, com certeza, um marco histórico em nossa longa e agitada carreira. Só temos a agradecer a todos da NASA por tornar isso realidade”.

Um pouco maior do que uma bola de golfe, a pedra parece ter rolado por quase 1 metro, em 26 de novembro de 2018, impulsionada pelos propulsores da espaçonave InSight, quando esta tocou o solo de Marte para estudar o interior do Planeta Vermelho. Em imagens capturadas pela InSight no dia seguinte, alguns pedaços alaranjados do solo haviam sido arrastados pela Rolling Stones Rock. É o mais distante que a NASA viu uma pedra rolar enquanto aterrissava sua nave em outro planeta.

O nome Rolling Stones Rock é uma combinação perfeita”, disse Lori Gaze, diretor da Divisão de Ciência Espacial da NASA em Washington. “Faz parte da missão e dos valores da NASA compartilhar nosso trabalho com diferentes espectadores. Quando descobrimos que os Rolling Stones estariam em Pasadena, nos pareceu uma maneira muito divertida de alcançar fãs do mundo todo, fazendo essa homenagem à banda”.

Na noite de ontem (22), o ator Robert Downey Jr. fez o anúncio, no Estádio Rose Bowl, em Pasadena, antes que a banda subisse no palco. Nos bastidores, antes de revelar a novidade ao público, o ator disse que “misturar ciência e uma banda de rock lendária é sempre uma boa ideia…

A missão InSight é liderada pelo centro tecnológico da NASA Jet Propulsion Laboratory, que está localizado na mesma rua do Estádio Rose Bowl, em Pasadena. O cientista Matt Golombek, que desde 1997 tem ajudado a NASA em todas as suas missões em Marte, é um astro do rock de seu próprio jeito. Ele e seus colegas cientistas contam as rochas e buscam a maneira mais segura de aterrissar no planeta. “Eu vi muitas rochas de Marte no decorrer da minha carreira. Essa provavelmente não estará em muitos relatórios científicos, mas com certeza é uma das mais legais”, disse Golombek.

Nomes científicos oficiais de lugares e objetos localizados em todo o Sistema Solar – incluindo asteroides, cometas e localizações em outros planetas – somente podem ser escolhidos pela União Astronômica Internacional. Mas os cientistas que trabalham nas missões da NASA em Marte já deram nomes não oficiais a diversas pedras e outras descobertas geológicas. Fazer isso facilita suas discussões sobre diferentes objetos aos quais se referem em relatórios científicos. Então, mesmo sendo um nome informal, a “Rolling Stones Rock” vai aparecer em diversos mapas do Planeta Vermelho.

Sobre InSight
O JPL (Jet Propulsion Laboratory) lidera a missão InSight para o Diretório de Ciência da NASA em Washington. A InSight é parte do Programa de Descoberta da NASA, gerenciado pela agência Marshall Space Flight Center, localizada em Huntsville, Alabama. A empresa Lockheed Martin Space, em Denver, construiu a nave da InSight, incluindo seu estágio de navegação e de pouso, e dá todo o apoio de operação da nave durante a missão. Alguns parceiros europeus, incluindo o Centre National d’Études Spatiales (CNES), da França, e o Centro Espacial da Alemanha (DLR), apoiam a missão da InSight. O CNES fornece à NASA a ferramenta Seismic Experiment for Interior Structure (SEIS), com a base investigativa localizada no Institut de Physique du Globe de Paris (IPGP). Contribuições significativas para o SEIS vieram do IPGP; o Instituto Max Planck para Pesquisas no Sistema Solar (MPS), na Alemanha; o Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH Zurich), da Suíça; o Colégio Imperial de Londres e a Universidade de Oxford, no Reino Unido; e a JPL. O DLR fornece duas ferramentas, chamadas Heat Flow e Physical Properties Package (HP3), com contribuições significativas do Space Research Center (CBK), da Academia Polonesa de Ciências e Astronomia da Polônia. E o Centro de Astrobiologia (CAB) da Espanha forneceu os sensores de temperatura e ventos.

Para mais informações sobre a InSight, visite:
www.mars.nasa.gov/insight/
www.nasa.gov/insight