PETER GABRIEL LANÇA “PANOPTICOM”, PRIMEIRO SINGLE DE SEU NOVO ÁLBUM

O cantor e compositor Peter Gabriel começa o ano com uma novidade especial. Ele acaba de lançar a faixa “Panopticom” em todas as plataformas digitais. Esta é a primeira música a ser apresentada do próximo álbum do artista, i/o. Escrita e produzida pelo próprio Gabriel, a nova canção tem uma melodia animada e é repleta de guitarras, com uma camada sonora eletrônica assombrosa que proporciona clima e textura. A letra é, em parte, inspirada no trabalho de três grupos: Forensic Architecture, Bellingcat e a organização pioneira de direitos humanos WITNESS, que tem entre seus fundadores o próprio Gabriel.

“A primeira música é baseada em uma ideia na qual venho trabalhando para iniciar a criação de um globo de dados acessível e infinitamente expansível: o Panopticom. Estamos começando a conectar um grupo de pessoas com ideias semelhantes que podem dar vida a isso, para permitir que o mundo se veja melhor e entenda mais o que realmente está acontecendo”, disse o artista.

O lançamento de “Panopticom” na lua cheia não é coincidência e, no melhor estilo Peter Gabriel, a abordagem para o álbum i/o será um pouco diferente da norma. As fases lunares guiarão o plano de lançamento em 2023, com uma nova música revelada a cada lua cheia.

“Parte do que estou escrevendo desta vez é a ideia de que parecemos incrivelmente capazes de destruir o planeta que nos deu origem e que, a menos que encontremos maneiras de nos reconectar à natureza e ao mundo natural, perderemos muito. Uma maneira simples de pensar onde nos encaixamos em tudo isso é olhar para o céu… e a lua sempre me atraiu para ela”, revelou.

Cada lançamento de single virá com uma obra de arte específica. “Temos observado o trabalho de muitas centenas de artistas”, diz o cantor. A faixa “Panopticom” apresenta a obra “Red Gravity”, de David Spriggs.

Foi o tema da vigilância/fiscalização que me conectou com o trabalho de David Spriggs, porque ele fez algo relacionado a isso. David faz essas coisas incríveis usando muitas camadas de transparências para que você obtenha essas criações estranhas com uma intensidade real. Parte do que ele faz é imaginar como a arte pode parecer daqui a alguns anos, no futuro e, em seguida, tentar criar de acordo. Acho que ele fez isso com muito sucesso nesta peça em particular”, explicou o britânico.

Além de novas músicas, Peter Gabriel embarca em uma turnê ainda este ano. As datas no Reino Unido e na Europa já estão à venda, com shows na América do Norte a ser anunciados em breve. Confira aqui.

Peter Gabriel começou seu trabalho solo em 1975 após deixar seu antigo grupo, Genesis. Ele lançou onze álbuns solo e escreveu trilhas sonoras para três filmes. Em 1980, ele fundou o WOMAD, o World of Music, Arts and Dance, que já gerou 170 eventos em mais de 30 países. O festival se tornou a inspiração para o selo Real World Records, que ele lançou em 1989 com o objetivo de fornecer a artistas talentosos de todo o mundo acesso a instalações de gravação de última geração e ajudar a tornar sua música mais conhecida globalmente. Os artistas lançados pela gravadora incluem Hukwe Zawose, Ayub Ogada, Nusrat Fateh Ali Khan, Papa Wemba, Totó La Momposina, Sheila Chandra e mais recentemente The Gloaming e Loney Dear.

Ativamente envolvido em campanhas de direitos humanos, Peter Gabriel participou de muitos concertos beneficentes, como por exemplo, o Human Rights Now!, de 1988, da Anistia Internacional. Foi nessa turnê que ele viu em primeira mão como o vídeo pode aumentar as chances de um ativista de direitos humanos de alcançar justiça e mudança. Em 1992, Gabriel propôs a criação de uma organização pioneira no uso de vídeo no trabalho de direitos humanos, Witness.org. Por volta de 2000, ele cofundou o Elders.og, com Richard Branson, para reunir um pequeno grupo de líderes globais altamente respeitados em torno de causas humanistas.